segunda-feira, 2 de julho de 2007

Pensamentos de Africa sobre a adopção

Recentemente recebi resposta dos nossos amigos que estão em África (que mencionei no post de dia 28 de Março). É engraçado eu ter a oportunidade de ver o meu email várias vezes ao dia e ter o carteiro a levar cartas a casa e eles numa localização tão rural num país não desenvolvido têm de viajar até à cidade uma vez por mês para verem o email e receber o correio caracol.

Isto é o email que recebi de um deles:
"Primeiro, só queremos dizer que pensamos que voces vão ser uns optimos pais... Tu és talhado para ser pai... Conhecendo-te como te conheço, faz todo o sentido! Dito isto...
Nós continuamos sem perceber o que parece ser um instinto inato na maioria das pessoas que nso rodeiam: ter um filho biológico é algo muito diferente e muito mais enriquecedor do que criar uma criança adoptada. Esta nossa maneira de pensar ficou ainda mais forte desde que estamos aqui onde parece que todas as familias que conhecemos estão a criar o filho de outra pessoa e que quase todas as pessoas que conhecemos, tem um familiar que foi criado por um tio, um avô, um irmão, um vizinho. Não estou a dizer que esta é a maneira que as coisas devem ser... Pelo contrário... Estou só a apontar que em muitas culturas ser criado por outra pessoa que não os pais biológicos não é "nada de especial", não levanta tantas questões como levanta, por exemplo, aí em Portugal. E realmente, porque é que deve ser "algo de especial"? A familia é o que nós fazemos dela... E as crianças não são só genética, são influenciadas e definidas pelo ambiente em que crescem. Se é um ambiente com amor e respeito, no qual elas são suportadas e direccionadas mas sendo livres de seguir o rumo da sua vida, então provavelmente vão-se dar muito bem na vida. Só porque são nossos filhos biológicos não quer dizer que partilhem os nossos valores mais do que uma criança adoptada. Podem parecer-se mais conosco mas os valores e as escolhas de vida são definidas pela educação, pelo amor e pelo ambiente... De maneira nenhuma pela genética.
Então porque é que tantos que querem construir um mundo melhor sentem de maneira tão forte que têm de criar um filho biológico quando há uma necessidade tão grande de familias para tantas crianças no mundo? A decisão de educar uma criança parece-me a mim a decisão mais importante e que mais pode mudar a vida, que alguém pode tomar.
Tenho mesmo muita pena de saber que vocês estão a passar por tanta dificuldade e que se estão a sentir sem saber para onde se virar neste momento. Tenho a certeza que o tempo virá. Entretanto, aguentem-se o melhor que souberem..."
O meu amigo tem razão em muitos pontos. A observação de que muitas familias estão a criar crianças de outras familias diz-me muito. Como a avó ou tia que cuida das crianças pequenas porque os pais não podem ou não providenciam o cuidado, estas pessoas estão a acolher e cuidar das crianças porque as crianças precisam de pais e não porque os pais precisam de crianças. Esta troca de ideias foi bastante boa porque relançou conversas que têm sido muito uteis. Algumas destas conversas têm sido entre a T. e a mãe dela e possibilitou à T. desfazer alguns mitos. Outras conversas têm sido entre a T. e eu. Estamos os dois interessados em adoptar mas neste momento sentimos que não é o momento certo.
Mas o mais importante é que a adopção continua a ser uma opção.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Troca de papeis

Muito obrigado pelas palavras amigas e positivas que me deixaram no ultimo post. Apesar de me sentir frustado e de ter estado mais do que um mes sem escrever, não tenciono terminar isto de vez. A vida é bastante engraçada, há uns tempos era a T. que estava bastante mais informada sobre todo o nosso problema e as soluções possiveis. Era ela que tinha grandes esperanças de virmos a ser um caso de sucesso e eu estava bastante ceptico. Agora os nossos papeis inverteram-se. A T. anda sem esperança e quis esperar uns tempos até irmos a uma nova consulta e por enquanto tentar só naturalmente, eu, pelo contrário, sinto-me esperançado e penso nisto na maior parte do tempo. Chego à conclusão que está a ser complicado encontrarmos um ponto de equilibrio.

Continuarei por aqui, não sei a que gás e com que frequencia, mas cá andarei.

Porque nunca é demais, muito obrigado pelas vossas palavras de força.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Vamos acabar com isto

Uma coisa engraçada acerca deste blog: gosto dele e de aqui escrever mas quero parar de o fazer o mais depressa possivel. Quero que estes posts sejam uma memória distante. Quero escrever sobre outras coisas: a minha familia, o meu emprego. Qualquer coisa outra. Não é que desgoste de aqui escrever mas o objectivo disto é de certa maneira escrever acerca da nossa caminhada pela infertilidade e pelos tratamentos para conseguir meter a cabeça em ordem. Sou uma pessoa que gosta de falar as coisas. E à falta (ou acrescimo) das conversas, descubro que me ajuda bastante escrever sobre isto.

Mas não quero fazer mais isto. Quero estar a criar uma familia! Quero estar exausto de me levantar a meio da noite por ter o nosso bebé a chorar e não por causa da insónia da infertilidade. Quero estar a procurar qual é a melhor cadeira auto para o dinheiro que dispomos em vez de estar a procurar qual o tratamento mais eficaz. Quero falar acerca dos nossos adoraveis pequenos em vez de falar da ausencia desses pequenos na nossa casa.

Impacientemente...

Obrigado pelas felicitações aos 30 anos da T..

terça-feira, 24 de abril de 2007

Feliz aniversário T.

Bem, gostava de anunciar que a minha bela esposa faz hoje 30 anos. A comemoração começou com um pequeno almoço levado à cama, com direito a um bolo com velas. Logo ao final da tarde a T. vai ter direito a uma festa surpresa, com a presença dos familiares e amigos.
Amanhã é o dia da comemoração a dois: muito passeio e um jantar longo e saboroso no nosso restaurante preferido.
No meio de toda esta celebração está a realidade de que a T. se tem sentido bastante ansiosa acerca deste aniversário. Há o sentimento habitual do "Meu Deus, estou a ficar velha" mas esta ansiedade passa mais pela recordação de que não temos filhos ainda. A oportunidade de ela engravidar na casa dos 20 foi embora. Embora raramente entre em detalhes pessoais, direi que há 0% de chances de a T. engravidar ainda na casa dos 20 porque nem sequer tentámos neste ciclo. A vida tem sido demasiado agitada e ocupada e simplesmente não se proporcionou. Sinto que de certa forma estou em falta para com ela e para com as nossas tentativas porque tenho trabalhado até tarde, chegado demasiado cansado e como tal não coloquei o esforço todo que podia/ devia.
Mas como sempre, há sempre o proximo mês.
E no entretanto, festejamos!

quarta-feira, 28 de março de 2007

Infertilidade, tratamentos médicos, Zé e eu

Recebi há uns dias uma carta de um casal amigo. Eles estão em África a trabalhar com a população local. Conheci-os na faculdade e embora não estivessem casados na altura, estavam destinados a tal.
Estava eu a escrever uma carta de volta e como o correio funciona de maneira lenta, não nos falavamos desde que eles se mudaram para lá, estava a mete-los ao corrente de tudo o que se tem passado ultimamente na nossa vida.
Enquanto escrevia, lembrei-me de momentos muito bons que vivemos a jogar jogos tarde na noite, a comer uns petiscos divinais e as nossas conversas. Em especial, lembrei-me de uma conversa que tivemos depois do meu amigo ter feito uma vasectomia antes de se casar. Na altura fiquei mesmo espantado com aquela decisão deles, de não quererem ter filhos biológicos, apesar de ter conhecimento do que ele pensava acerca de haver demasiadas pessoas no mundo.
Depois de ter acabado de escrever a carte, reflecti um pouco acerca da minha perspectiva do mundo e tentei pensar pela visão do meu amigo. Cheguei à conclusão que embora ele fosse ficar solidário com a nossa desilusão de não conseguirmos conceber uma criança, tenho a certeza que ele não iria "apoiar" um tratamento médico. Pois, se o objectivo é manter uma população sustentável, fará assim tanto sentido trazer outra pessoa ao mundo? Ou gastar tanto dinheiro a perseguir esse objectivo quando esse dinheiro podia ser usado a melhorar a vida de outras pessoas, nomeadamente uma criança que viesse a ser adoptada?
Parece-me que se tirarmos o ego da equação (significando: um total abandono da ideia de filhos biológicos) a adopção é a coisa mais certa de se fazer.
Mas será que é o mais certo para nós?

quarta-feira, 14 de março de 2007

Decisões

Embora a T. e eu ainda não tenhamos discutido profundamente, ou tão profundamente quanto achamos que tal assunto deve ser discutido, ambos sentimos que não estamos à vontade com a FIV. Contudo, há muito ainda para pensar e muito conhecimento para adquirir e conversas a ter antes de decidirmos.
E apesar destas indecisões, não posso deixar de dizer que me sinto inspirado por todas as senhoras na blogoesfera que lidam ou lidaram com a infertilidade e os tratamentos e todos os assuntos inerentes com tanta coragem, sem perder a esperança e mantendo o bom humor.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Dia internacional da mulher

Hoje parece-me fazer sentido falar da minha maravilhosa mulher. Estamos casados à sete fantasticos anos. Claro que tivemos os nossos tempos dificeis e discussões mas sei que ela é a melhor parte da minha vida ( e tenho certeza que ela sente o mesmo). Ela tem sempre frio e eu tenho sempre calor. Ela tem mais sapatos do que eu acho necessários e eu gasto dinheiro em musica que ela odeia. Ela (por vezes) é muito emotiva e eu (por vezes) não lhe digo o que sinto.

E mesmo que eu não lhe diga isto muitas vezes, ela é inteligente e divertida. Criativa. Sexy. Determinada. Uma excelente cozinheira. E vai ser uma excelente mãe (um dia). Não sei se o vai ser este mês, daqui a 6 meses ou daqui a 5 anos mas vai ser. Não sei se vai acontecer por si só, se vai ser com ajuda medica ou pela via da adopção, mas vai acontecer.

Um óptimo dia da mulher!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

O que penso em relação à intervenção médica

Tenho pensado bastante neste tema. Queria tentar meter a cabeça em ordem antes de passar para o "papel".
Não vou tentar falar pela T. porque ela tem as suas próprias opiniões e tentamos comunicar para nos percebermos um ao outro. Não sou contra nenhuma intervenção medica. Não tenho uma religião ou uma linha moral/ etica que exclua a ajuda medica no processo de construção da nossa familia.
Então, o que sinto eu sobre isto? Acho que o melhor que posso dizer é que sou conservador. Quero ter o cuidado de não embarcar em nenhum tratamento sem me sentir preprado. Preparado significa estar ciente de todos os riscos e beneficios e ter um plano para lidar com todo e qualquer problema que possa surgir. Também acredito em dar passos pequenos, em vez de passos de gigante.
Como há a chance da T. engravidar de maneira natural, sinto que devemos continuar por esta via durante algum tempo. Não tenho problemas em admitir que me assusta um pouco todas as mudanças de humor que podem surgir com os medicamentos que a T. eventualmente tenha de tomar (a T. tem muitas mudanças de humor já por si só e apesar de a amar muito, por vezes fica complicado lidar com tudo.).
Se necessário exploraremos todas as hipoteses que temos para explorar mas se falharem não sei bem o que vamos fazer por isso parece-me melhor pensarmos muito bem sobre isto tudo. E há sempre a adopção, não é o meu metodo de construção de uma familia preferido mas não tenho qualquer problema com esta hipotese.
Isto é o que eu sinto sobre os tratamentos médicos neste momento. No entanto, tenho a certeza que se daqui a um ano voltar a escrever sobre isto, já pensarei de modo diferente.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Pensamentos

Tenho parado muitas vezes para pensar em tudo o que temos vindo a experienciar na nossa busca pela concretização do sonho de termos um filho. Tenho por vezes o pensamento: Será que toda esta luta para termos um filho é parte de uma plano superior? Talvez haja alguma razão para o eu não poder procriar com facilidade. Algo talvez nos meus genes que não deva ser passado para as proximas geraçoes. Algo de que as gerações futuras precisem de ser protegidas.
Que caracteristica misteriosa pode ser? Pode ser qualquer uma das minhas caracteristicas fisicas.
E se não for uma caracteristica fisica mas sim uma comportamental?
Ou pior, se for algo que eu não tenho sequer conhecimento de que exista?
Mas e se for verdade e eu não estiver mesmo destinado a procriar? O que devo fazer em relação a isso? Devo sentir pena de mim mesmo? Não importa quantas vidas venha a tocar enquanto estou vivo, posso vir a não ser capaz de deixar a maior marca de todas? Ou devo cerrar o punho com raiva e jurar fazer o que for para bater a natureza?

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Ida ao médico

E hoje, fomos à tão aguardada consulta médica. Os resultados: todos os resultados das analises da T. deram normais (Yay!). Os meus foram os que já sabiamos. A conclusão do médico: tratar-me é escusado e deviamos passar já para a IIU com ideias já na FIV.

O problema agora é decidir se queremos ou não ir por esta via.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Culpado até prova... fertil?

Tem sido um longo dia... Continuo à espera da consulta de amanhã. Mas a minha tristeza foi substituida por algo diferente. Passei algumas horas a contemplar se me devo sentir culpado ou não. Na minha cabeça sei que não devia, mas isso por si só não me absolve.

Não me absolve porque tomei outras decisões. Tais como esperarmos 4 anos até decidirmos ter filhos. Ter aceitado um trabalho stressant e ter tomado medicamentos para combater a ansiedade e depressão. Qualquer uma, ou todas, estas decisões podem ter tido impacto no meu esperma.

Tomei aquelas decisões por razões que na altura pareciam as correctas mas como o nosso problema de fertilidade é na realidade o meu problema de fertilidade, não consigo deixar de pensar se as coisas não seriam diferentes se tivesse feito as coisas de maneira diferente.

Vamos ver o que o medico diz amanhã.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

É sempre triste quando chove...

Ontem recebemos um telefonema do medico. O objectivo do telefonema: dizer-nos que que para além da contagem e mobilidade serem baixas, a morfologia também não é normal. Foi esta ultima noticia que foi um golpe duro de digerir. Já sabia que a contagem e mobilidade eram relativamente baixas mas o primeiro medico a que fomos disse-nos que já tinham visto contagens mais baixas que deram origem a uma gravidez e que não me devia preocupar muito, ainda. Mas as outras análises ao esperma tinham a nota no fim "morfologia normal". Não sei se as coisas pioraram desde lá ou se nos outros laboratórios se enganaram. De qualquer das formas, deixa-me triste.
Resta-me pensar nisto até à proxima consulta.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Bem... voltei da análise. Antes de continuar... Por muito desconfortável/ estranho/ duro que seja para mim, sei que é muito pior para a T. e para todas as mulheres que se submetem a testes de fertilidade e aos tratamentos.
Contrariamente ao que alguns possam dizer, deixem-me que vos diga que, o processo não é nada divertido. Chegamos lá, esperamos e sabemos que toda a gente sabe o que vamos fazer dentro de momentos ( sei que são todos profissionais, mas mesmo assim...). Depois vamos para uma salinha e desta vez era melhor que a anterior porque tinha uma cadeira.
Como disse antes, não é nada divertido porque tudo o que se consegue pensar é em coisas do estilo:

Quão limpo é este sitio?
Porque está tanto frio aqui?
A tranca da porta funcionará realmente?
E se entorno?
Porque é que está a demorar tanto tempo?
E se não conseguem ler a minha letra e trocam as amostras?
Será que isto é suficiente?
Porque é que o copinho da amostra é tão grande?
Mal posso esperar para me ir embora daqui...
Parece esquisito num copo. Será que é suposto ser assim?
Espero que isto seja suficiente...

Bom, daqui a 5-7 dias, saberei.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Nervosismo

Estou um pouco nervoso com a perspectiva do dia de amanhã. O dia da analise ao esperma. Parte disto porque uma casa de banho num hospital pode fazer muito por alguns mas por mim não faz nada. Mas a causa principal do nervosismo é o pensamento recorrente… Talvez estes testes venham mostrar que o problema é todo meu.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Aquela altura do mes

Ontem foi o começo “daquela altura do mês”. Toda a gente sabe o que isso significa: a mulher fica menstruada e passa por todo o tipo de desconforto fisico e emocional. Não é algo que a maioria das mulheres goste particularmente mas lidam com isso. Os homens, tipicamente, tentam negar e/ou sair da montanha russa de emoções.

Mas ao longo do ultimo ano “aquela altura do mês” passou a significar algo muito diferente para mim: cerca de duas semanas depois, o momento do pico da fertilidade. Estou maravilhado com a precisão com que esta janela pode ser determinada.

Como queremos muito os dois ter filhos, sinto-me entusiasmado com a possibilidade que temos de ter esta precisão. Mas o conhecimento desta altura do mês também nos coloca alguns conflitos. Quando me arrasto para a cama, contente com a perspectiva de ir dormir umas boas 7 horas de sono e a minha mulher me diz: Agora. Tentamos mas foi literalmente adormecer a meio do trabalho. O que é mau para toda a gente. É um abalo à minha “masculinidade”, é um desanimo e significa que temos de tentar de novo nas proximas 24 horas.

Não me interpretem mal. Continua a ser divertido. E é bom. Mas é mais forçado e logo, exige mais esforço.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Bem vindos

Bem vindos ao “Talvez um dia…”. Ocorreu-me começar este blog numa noite em que a minha mulher e eu tivemos uma discussão particularmente acesa acerca de um assunto bastante complexo: a nossa infertilidade. Estávamos mais especificamente a falar de emoções e a minha aparente falta delas. Depois de te ter ficado acordado até tarde e ter ouvido que estou “fora das linhas e não a fazer parte da equipa” e que “até decidir o que realmente quero”não podemos continuar a tentar ter filhos, senti-me a precisar de uma especie de escape.

Tenho certeza que vou encher estas páginas com detalhes mas por agora deixem-me que vos diga: um dos grandes desafios que enfretamos é não sabermos porque razão não conseguimos ter filhos. Há cerca de 18 meses que tentamos. Já fiz 3 análises ao semen, análises ao sangue e um exame urológico. A minha mulher já fez análises ao sangue e um exame cervical.

A minha mulher não é grande amiga da internet. Tentei que ela se juntasse a grupos direccionados a pessoas que sofrem de infertilidade mas ela não está mesmo nada interessada nisso. Sente que isso só a vai deixar ainda mais deprimida.

Tirando páginas médicas, não há muitas páginas de homens que lidam com o mesmo problema (se há, avisem-me sff).

É para todos que passam por todos os problemas e questões que eu estou a passar. Para todos os que querem realmente ter filhos e que tentam apoiar a sua mulher mas que estão a achar isso dificil. Se quiserem partilhar a vossa experiência comigo, seria optimo.